sábado, 4 de junho de 2011

COMO SOBREVIVER?

Sábado a tarde, são 16:00 horas e observa-se um grupo de pouco mais de 500 pessoas reunidas em algumas cadeiras, ouvindo o hino nacional. Do que se trata? Ypiranga x Juazeirense! Sim, ainda existem abnegados, apaixonados que fazem de tudo para acompanhar o seu clube do coração. E não trataremos aqui apenas do "Mais Querido", mas da paixão que toma conta de cada um pelo seu clube ou pelo esporte.
Galícia, Ypiranga, Botafogo e tantos outros são clubes que pagam hoje as mazelas sofridas anteriormente. Clubes que reunidos possuem nada menos que 22 títulos baianos (10 Ypiranga, 7 Botafogo e 5 do Galícia) amargam o ostracismo e o esquecimento da grande mídia e de investidores.
Realizando um balanço desta temporada na “Segundona” surge o questionamento tema desta matéria. Os clubes da capital enfrentam a concorrência desleal da dupla BAVI pelo coração dos torcedores o que faz com que a presença de público seja cada vez menor nas partidas destes.
Diferente dos clubes do interior que na maioria dos casos possuem o apoio das Prefeituras, os clubes da capital não o possuem nem mesmo por meio da Sudesb. Galícia e Ypiranga pagam absurdos R$3.000,00 pelo aluguel de Pituaçu. Para estes clubes com suas dificuldades financeiras este valor faz uma grande diferença.
Galícia - dos quatro jogos que teve como mandante dois foram realizados como preliminar de jogos do Bahia, o que fez com que o clube não ganhasse, mas também não ficasse devendo dinheiro.  Na partida contra o Ypiranga com o seu mando de campo, o Granadeiro conseguiu receber R$ 8.199,88 líquidos, muito em função da final entre Bahia e Vitória nos juniores que levou um público de 1.571 pagantes. Sem tal apelo, contra o Camaçarience, o Galícia teve um prejuízo de R$ 3.907,00. 
Ypiranga – o Mais Querido pagou para jogar. Nas três partidas realizadas com seu mando de jogo até o momento, o Aurinegro só acumulou prejuízo. Na primeira partida contar o Botafogo/BA um déficit de R$ 2.952,46. No segundo jogo em Pituaçu, desta feita contra o Galícia, prejuízo de R$1.695,29 e no último jogo realizado em casa contra o Juazeirense saldo negativo de R$1.499,15.
Qual a verdadeira necessidade de se praticar esta “asfixia financeira” sobre estes clubes não é compreendida, pois são agremiações com uma rica história no estado e deveriam ser ajudadas a ressurgirem para engrandecer e fortalecer o futebol local.
Enquanto tratarmos com tamanha falta de respeito estas instituições seremos escravos do “mesmismo” e reféns do poder midiático dos grandes clubes, tanto da Bahia como de outros estados. Reerguer Galícia, Ypiranga, Botafogo e tantos outros que poderíamos citar significa conservar e valorizar nossa história, nossas raízes e auxiliar as comunidades ao redor destes clubes.

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