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László e Di Stefano, dois gênios da bola. |
László Kubala Stecz nasceu em Budapeste no dia 10 de junho de 1927 e possuía origens polonesas por parte de pai e eslovacas por parte de mãe. Kubala é o único jogador, ao lado de Alfredo di Stéfano, a ter defendido três países (Tchecoeslováquia, Hungria e Espanha). Jogou ainda por uma quarta seleção, a da Catalunha, mas esta não é reconhecida pela FIFA.
Considerado um dos maiores jogadores do Século XX, Kubala está entre os grandes craques que não tiveram oportunidades de disputar uma Copa do Mundo. Em eleição entre os torcedores do Barcelona, onde jogou por treze anos, foi eleito o melhor jogador dos primeiros cem anos do clube, superando outros grandes nomes, como Johan Cruijff, Bernd Schuster, Ronald Koeman e Hristo Stoichkov, dentre outros.
Iniciou sua carreira no Ganz da Hungria e posteriormente iria para o gigante do país, Ferencváros, mas seu grande clube seria o Barcelona. Na época, o clube não disputava títulos nem possuía grande rivalidade com o Real Madrid: a equipe merengue estava decadente e os troféus eram mais disputados com Valencia, Atlético de Madrid e, principalmente, Atlético de Bilbao (hoje Athletic de Bilbao). O Bilbao era o maior campeão do país, com cinco títulos. Barcelona e Atlético de Madrid possuíam quatro, enquanto o Valencia tinha três.
Kubala logo retribuiria em campo o esforço feito para sua contratação: nas duas primeiras temporadas, foi campeão espanhol, fazendo do Barça o maior vencedor do país. Em ambas, faturou também a Copa do Generalíssimo, como era chamada na época a Copa do Rei.
Os resultados fariam com que fosse chamado pela Seleção Espanhola. Na temporada 1953/54 teria início maiores rixas com o Real Madrid que tiraría do Barcelona Alfredo di Stéfano.
Em 1958, procurando ajudar o Barça a retomar o rumo das conquistas, Kubala indicou dois compatriotas: Sándor Kocsis e Zoltán Czibor. Ambos eram famosos internacionalmente devido ao sucesso da Hungria na Copa de 1954. Kocsis, que havia sido colega de Kubala no Ferencváros, e Czibor também fugiam da repressão comunista: o país havia sido reprimido pelo Pacto de Varsóvia durante a Revolução Húngara de 1956
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László Kubala |
A primeira temporada com o trio húngaro, a de 1958/59 foi um sucesso: ao lado de Evaristo e Luis Suárez, eles reconquistaram o campeonato espanhol para o Barcelona e ganharam também a Copa do Generalíssimo. Com o título espanhol, o clube pôde participar pela primeira vez da Copa dos Campeões. O Barcelona estreou no torneio na edição 1959/60.
Os confrontos com o Real Madrid acirraram-se mais do que nunca: por dois pontos de diferença, o título espanhol ficou novamente com o Barça. No torneio continental, porém, o rival saiu-se melhor: os dois clubes encontraram-se nas semifinais e os merengues venceram duas vezes por 3 x 1. Para piorar, o Real terminaria campeão pela quinta vez.
O troco na Copa dos Campeões veio na temporada seguinte, a de 1960/61. Barça e Real se enfrentaram nas oitavas e desta vez o clube catalão levou a melhor, fazendo o Real ser pela primeira vez eliminado da competição. O insucesso na final desta competição fez Laszló encerrar su carreira, também devido as lesões que sofrera ao longo da carreira.
Ele prosseguiria ligado ao Barcelona, agora como técnico, mas acabou demitido após derrota na Taça das Cidades com Feiras em 1965. Kubala desligou-se do clube, encerrando um ciclo de quinze anos, e acertou uma volta aos gramados, no rival local Español (nome à época do atual Espanyol), onde atuaria simultaneamente como treinador. Ali, voltaria a ser colega de Alfredo di Stéfano, com quem jogara ao lado na Seleção Espanhola.
Após experiências como jogador-treinador no Español e no Zurique, Kubala passou a dedicar-se apenas à nova função, o que já havia feito no Barcelona. Kubala rodou por outras equipes espanholas, além de treinar a própria Seleção Espanhola por onze anos, estando presente com ela na Copa do Mundo de 1978 e na Eurocopa 1980. O último trabalho de Kubala foi treinando a Seleção Paraguaia na Copa América de 1995.
(Texto adaptado do Wikipedia)
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